Com 1 ano e 7 meses, Ana Micaelly Edmundo Maria apresentou um problema de estrabismo. É distúrbio em que os olhos não olham exatamente na mesma direção ao mesmo tempo. Na época, a recomendação médica foi a utilização de um tampão por 1 mes. Mas, agora, aos 4 anos e 8 meses, o problema voltou. Por causa disso, a mãe dela, Tália Edmundo Maria, procurou a Secretaria Municipal de Indianópolis, onde elas moram, e foi encaminhada para atendimento na clínica do Consórcio Amvap-Saúde, no Industrial, em Uberlândia.
“Há 3 meses o problema retornou, e, junto com o estrabismo, veio a paralisia do abducente que faz o olho dela ficar parado. Aí, com a vinda na consulta, ela passa por todos os procedimentos da consulta e a médica me dá o resultado. O bom é que não tenho de pagar pelo atendimento, porque já precisei desembolsar cerca de R$ 180,00 em clínica particular em Indianópolis”, afirma a mãe e dona de casa, Tália Edmundo Maria.
Este foi apenas um dos casos que passaram pelo Consórcio nos últimos dias. Entre 01 e 03 de junho foram realizados 11 atendimentos de oftalmologista para crianças de até 10 anos. Os pacientes são das cidades de Indianópolis e Santa Vitória. A medida acontece pelo volume de pedidos de atendimentos desta natureza nos municípios associadas.
“Destinamos a maior quantidade de vagas para as crianças, depois que os municípios relataram que estavam com demanda para atendimentos de oftalmologia para este público. Na última sexta-feira (03/06), por exemplo, ficamos durante o período da manhã e tarde focados nessas consultas”, explica Camila Martins de Souza, Enfermeira responsável Técnica do Consórcio.
No momento da consulta, o médico oftalmologista faz exames da medição de grau, presença de desvios oculares, acuidade visual e avaliação da saúde ocular, distância inter-pupilar, entre outros.
“O paciente diagnosticado com algum problema já sai com a receita dos óculos. Caso sejam necessários mais exames, os pedidos também são feitos”, afirma o presidente do Consórcio Amvap-Saúde e prefeito de Indianópolis, Lindomar Amaro Borges.
A dona de casa, Lorena Aparecida Silva Freitas, saiu da cidade de Santa Vitória para identificar o problema da filha, Ketlen Laura Silva Souza, de 10 anos. Ela conta que durante a consulta médica tirou todas as dúvidas, inclusive, com o resultado do diagnóstico. ““Na escola o professor começou a reclamar que ela estava com dificuldade, aí pegamos o encaminhamento e viemos. O exame confirmou a existência do problema de visão e a necessidade de utilizar óculos”.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, a deficiência visual é responsável pela evasão escolar de 22,9% dos estudantes no ensino fundamental. A estimativa é que cerca de 7,5 milhões de crianças em idade escolar tenham algum tipo de problema de visão.
“São atendimentos muito importantes porque, com auxílio do profissional, ajuda devolver a qualidade de vida dos alunos, especialmente dentro da sala de aula. Então, ficamos muito felizes por proporcionar este serviço à comunidade”, afirma Lindomar Amaro.