Assim como cuidamos de problemas físicos, a saúde mental também exige atenção. Ela está diretamente relacionada ao bem-estar da pessoa — como ela se sente em relação a si mesma, aos outros e à vida. Inclui sua capacidade de lidar com os desafios cotidianos, seu estado emocional e a presença ou não de transtornos que necessitam de acompanhamento profissional.
Dados globais mostram aumento de problemas de saúde mental
Segundo dados da pesquisa Ipsos World Mental Health Day 2024, realizada em mais de 30 países, cerca de 62% das pessoas relataram níveis de estresse tão altos que afetam diretamente seu dia a dia.
O relatório também apresenta dados sobre a percepção dos brasileiros em relação às doenças que mais afetam a população. A saúde mental tem ganhado destaque crescente desde a pandemia. Em 2018, 18% dos brasileiros viam os transtornos mentais como o maior problema de saúde; esse número subiu para 27% em 2020, 40% em 2021, 49% em 2022, 52% em 2023 e chegou a 54% em 2024 — acima da média global, que foi de 45% no mesmo ano.
Ainda de acordo com o relatório, 79% dos entrevistados acreditam que a saúde mental é tão importante quanto a saúde física. No entanto, 41% afirmam que o sistema de saúde de seus países trata a saúde física como prioridade. No Brasil, esse índice sobe para 45%. Isso revela uma discrepância: embora a população reconheça que os transtornos mentais afetam a vida de muitas pessoas, ainda percebe que esses problemas não recebem a devida atenção nos serviços de saúde.
Um desafio geracional: o que pensam os mais jovens
No Brasil, também persiste o estigma em torno do cuidado com a saúde mental. Mesmo com a ampliação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) — que passaram de 148 em 1998 para 3.019 em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde —, ainda é comum ouvir frases como “terapia é coisa de doido”, o que afasta muitas pessoas do tratamento adequado.
Essa resistência, no entanto, tem características geracionais. As gerações mais antigas tendem a ignorar os transtornos mentais, muitas vezes por falta de informação. Já os mais jovens estão mais familiarizados com o tema, especialmente por meio das redes sociais. A Geração Z é a que mais relata sofrimento emocional — em especial as mulheres: segundo a Ipsos, em nível global, 40% das jovens dizem já ter enfrentado períodos de depressão por dias ou semanas.
Cuidar da mente é um direito garantido pelo SUS
Cuidar da saúde mental é tão necessário quanto tratar o corpo. O acesso gratuito por meio do SUS e o fortalecimento de políticas públicas de acolhimento são caminhos importantes para transformar essa realidade.
A Amvap Saúde entende que cuidar da mente é parte essencial da saúde integral. Por isso, seguimos fortalecendo os atendimentos gratuitos por meio do SUS, oferecendo apoio psiquiátrico, encaminhamentos e acesso aos serviços especializados. Nosso compromisso é garantir que cada pessoa tenha acolhimento e suporte para viver com mais equilíbrio, bem-estar e dignidade.